sábado, 27 de abril de 2019

Principal Teoria de Ernestine




       Ernestine desenvolveu a "Teoria Prescritiva do Cuidado", também conhecida como "Teoria de Enfermagem Clínica" em 1958. Sua Teoria teve foco na necessidade do paciente e a enfermagem num processo nutridor. Para ela, o paciente é definido como uma pessoa que receba qualquer tipo de ajuda de algum profissional da área da saúde.
      Wiedenbach disse que para que o cumprimento dessas necessidades seja efetivo o conhecimento deve ser complementado com uma ação responsável do enfermeiro em sua relação com o paciente, que permita aplicar critérios e técnicas que gerem o máximo benefício ao paciente. (MARCOS, M.V., 2002)

      Os esboços filosóficos da teoria de Ernestine Wiendenbach, que foi escrita em 1964, se basearam nos princípios de que "a arte do cuidado não se compreende de ações racionais, nem reacionárias, mas sim da ação deliberativa", assim surgiu a teoria de enfermagem clínica de Ernestine, também chamada de teoria prescritiva, pois se baseia em uma forma de prescrição de enfermagem, o que foi considerado, posteriormente, como um dos primeiros contornos do processo de enfermagem como é conhecida atualmente.
(CHINN, JACOBS, 1987)

      Segundo sua teoria, a enfermeira deve por em prática uma filosofia explicita, desta forma, as bases para uma filosofia de enfermagem são:
       1- Veneração ao dom da vida.
       2- Respeito pela dignidade, o valor, a autonomia e a individualidade de cada pessoa.
       3- Resoluções para atuar de forma dinâmica segundo as próprias crenças.
     
       A teoria prescritiva nos diz que existem alguns atributos essenciais para qualquer profissional de enfermagem, sendo eles:
       - Clareza de objetivo;
       - Domínio das técnicas e o conhecimento essenciais para se alcançar o objetivo;
       - Capacidade para conseguir manter as relações de trabalho construtivas com os companheiros profissionais;
       - Motivação para avançar no conhecimento de uma área de interesse e por ser capaz de criar novos conhecimentos;
       - Dedicação para o bem da humanidade, mais que o próprio prestígio pessoal.

        No quesito de de relação e natureza humana, se assinalam quatro pressupostos específicos:
        1- Cada ser humano possui um potencial único e que deve estimular com seus próprios recursos para que o permita manter-se;
        2- O ser humano se preocupa basicamente com sua autodeterminação e independência relativa e deseja fazer um uso ótimo de suas capacidades e atitudes, cumprindo com suas responsabilidades;
        3- O conhecimento de si mesmo e a auto-aceitação são essenciais para o sentido de integridade e auto-estima da pessoa;
        4- Haja o que houver, o indivíduo em cada momento será o resultado da aplicação do seu melhor critério;
        5- Quanto a percepção da doença por parte do paciente, Wiedenbach considera que qualquer pessoa deveria desejar estar bem, com as plenas capacidades e em caso de encontrar-se impedida, deveria por todos os seus esforços para conseguir esses resultados.


        Pode-se perceber que para a teoria de Ernestine, a enfermagem é vista como ciência e arte para o desenvolvimento da profissão através de potenciais da enfermeira para trabalhar na prática, valorizando a pessoa como ser humano, respeitando suas crenças, seus sentimentos, suas necessidades e corroborando com o conceito humanístico que deve ser abordado e utilizado nas ações da enfermagem.

        Seu ponto de vista com relação a enfermeira é que a mesma é um ser humano funcional, que sente e pensa. Com isso, é extremamente importante o modo com o que a enfermeira pensa e sente com relação à profissão, pois isso ira determinar o desenvolvimento dela a nível profissional e inclusive no julgamento da mesma para fazer uma prescrição de enfermagem.


        O objetivo principal da teoria é perceber a necessidade de ajuda que experimenta o paciente para que, desta forma, a enfermeira dirija suas ações para o bem estar maior.


        A enfermeira deve avaliar o bem estar do paciente descobrindo se o paciente tem alguma necessidade e se o paciente não tem condições de suprir sozinho essa necessidade, dando assim a cada paciente holístico e adequado. Depois de ter o tratamento, a enfermeira deve avaliar se o paciente esta tendo êxito na recuperação com a ajuda prestada a ele.


        A teoria da arte de ajuda em enfermagem clínica, pode ser descrita como a que conceitualiza tanto a situação desejada quanto a prescrição pelo qual será obtida. Portanto, esta teoria dirige uma ação para uma meta explicita.

        Os principais elementos constituintes do modelo teórico de Ernestine são quatro:
    - Filosofia: É uma atitude e a realidade que evoluciona o código de conduta de cada enfermeira, motiva, guia o pensamento da enfermeira sobre o que deve fazer e ilumina suas decisões e se expressa na forma de aplicar a enfermagem. A filosofia transcende o objetivo e seu objetivo reflete a filosofia.
    - Prática profissional: A ação evidente dirigida pelos pensamentos disciplinados e os desejos de sanar as necessidades de ajuda dos pacientes. O conhecimento, o juízo e as
habilidades são três aspectos necessários para que a prática seja eficaz. Por sua vez a valorização, a prestação de ajuda e a validação são três componentes da prática diretamente relacionados com o cuidado do paciente.
     - Arte: Se desenvolve pela consecução de quatro metas principais: A compreensão do estado do paciente, situação e necessidade; O fomento das capacidades do paciente; A melhoria de seu estado e situação no marco de seu plano de cuidados; E a prevenção de uma recorrência de um problema ou desenrolar de um novo problema.
      A arte da enfermagem, portanto, implica em três operações iniciais: estímulo; prognóstico e interpretação.
     - Propósito: É o objetivo ou meta que a enfermeira pretende alcançar através de suas ações.
(GULARTE, TICIANA de M., 2010)